quarta-feira, 23 de maio de 2012

Conhecimento Destrói Incertezas

"A vontade de se preparar deve ser maior que a vontade de vencer" Gilclér Regina
Uma afirmação de um diretor de colégio diz: “No mundo real a turma da frente acaba trabalhando para a turma do fundão”. Ou seja, quem faz maior sucesso segundo ele é a turma que ousou mais, que foi mais criativa e esses eram os que sentavam lá no fundo da sala.
Isso lembra aquele aluno que leva o boletim com notas todas vermelhas para o seu pai e este lhe diz: “No meu tempo isso renderia uma bela duma surra”. E o menino diz: “É isso aí pai, vamos lá dar um cacete no professor”.
O ideal de sucesso é unir a disciplina de quem senta na frente com a criatividade de quem senta no fundo da sala. Afinal, não vale afirmar que somente o “bagunceiro” senta lá no fundão.
Estar aberto a mudanças é saber somar criatividade, um pouco desta falsa “malandragem"  aliada a conhecimento e disciplina. Conhecimento destrói incertezas... Conhecimento com motivação constrói certezas, constrói resultados!
Estar sempre aberto à mudanças é estar preparado para não ficar pelo caminho... Se você acha que pratica o seu melhor trabalho, dê uma olhadinha no seu colega ao lado e faça um comparativo. Saiba que ele não está dormindo “de touca”.
Existem funcionários ótimos... E existem aqueles que você precisa fazer uma carta de recomendação para o seu principal concorrente! Sua escolha definirá o seu sucesso!
Se você tiver uma ferida e se tratar, com o tempo ela irá cicatrizar... Se você tiver uma ferida e não se tratar, com o tempo ela irá piorar. Portanto, contrariando muita gente, o tempo nem sempre é senhor da razão. Não é o tempo que cura, é a intensidade da ação que você faz hoje é que cura.
Quantas redes de supermercados, quantos bancos, quantas empresas você lembra como as maiores do Brasil num passado recente? E não existem mais...
A vida sempre foi assim: Novos ricos que são ex-pobres e novos pobres que são ex-ricos. 82% das maiores fortunas vêm do absolutamente nada, vêm da pobreza mesmo!
O dinheiro? Não acaba... Apenas muda de mão.
Muitos se perderam pelo caminho por causa da soberba. Muitos sofreram com a síndrome de "ovo de pata”. Lembra-se da fábula? A pata olha para a galinha e diz: “Meu ovo é muito mais bonito que o seu”. Qual foi a resposta da galinha? "O seu é mais bonito, mas não vende”.
Arrogância é assim mesmo, igual mau hálito, todo mundo percebe, menos quem tem!
A "mudança" é uma preocupação dominante no mundo corporativo. Reflita sobre o que gostaria de mudar em você, em sua vida profissional, em sua vida familiar, em sua empresa, em sua carreira e que ainda não teve coragem de fazer?
O homem comum fala, o sábio escuta, o tolo discute.
Sabedoria Oriental
Não confunda jamais, conhecimento com sabedoria. Um o ajuda a ganhar a vida;
o outro a construir uma vida.

Sandra Carey – Escritora
O fracasso e o sucesso são primos.
O que diferencia o parentesco é a atitude de cada um.

Gilclér Regina
Ser feliz não é consequência de ter sucesso, assim como ter sucesso não é garantia de ser feliz. Este é o sagrado segredo dos vencedores.
Gilclér Regina

Quando ninguém entende você, de quem é a culpa?

Por Alessandra Assad* | alessandraassad.com.br
Outro dia escutei um gerente se queixando do alcance "limitado" de sua equipe. Ele chamava isso de "burrice" e dizia que não agüentava mais repetir as mesmas coisas duzentas vezes. Era como se ninguém entendesse Português.
Ora, aqui temos um princípio básico de comunicação para analisar. Se ninguém entende Português, porque você continua falando Português? Não estaria na hora de mudar o seu idioma?
Muito mais inteligente do que demitir, perder a paciência ou sair se queixando, é tentar entender o porquê de não ser entendido. Pesquisas apontam que hoje cerca de 70% dos problemas das empresas têm origem nas falhas de comunicação. A questão é que os problemas de comunicação em geral são invisíveis, camuflados e até apagados. Freqüentemente são varridos para debaixo do tapete, porque os efeitos da comunicação não acontecem na hora e então ninguém fica sabendo. E o fato é que saber expressar-se corretamente, que antes era obrigação apenas dos comunicadores, virou condição de empregabilidade.
Hoje nove em cada dez empresas fracassam na execução da estratégia. Não pelo fato do fracasso em si, mas pelas razões que os gestores sabem, mas na maior parte das vezes, nada fazem para mudar o cenário. Segundo o professor Robert Kaplan, criador do conceito de Balanced Scorecard, se não for possível medir algo, não será possível gerenciá-lo. Se não for possível gerenciá-lo, não há como melhorá-lo. Logo, é preciso começar a mensurar os prejuízos que a comunicação inadequada está trazendo para as organizações.
O mais interessante em tudo isso é que, obviamente que queremos melhorar os processos dentro das empresas e quase tudo isso não é novidade. Muito se fala em execução, mas novamente temos a falha de comunicação como a inimiga oculta número um para que as coisas aconteçam conforme precisamos. Por isso, o professor defende: "comunique sete vezes de sete modos diferentes". E o que ele quis dizer com isso?
Podemos provocar três tipos de reações nas pessoas quando nos comunicamos. Elas podem ficar sabendo de alguma coisa que estamos informando, ser influenciadas em seus sentimentos e fazer algo quando provocamos uma ação. O nosso objetivo, o que dizemos e a forma como dizemos são fundamentais para o estabelecimento da comunicação, isto é, para sermos compreendidos e conseguirmos as atitudes pretendidas. Mas isso nem sempre acontece quando você comunica na primeira vez. É preciso repetir, mudar a forma, o jeito, as palavras, o meio. Mesmo que o público ainda seja exatamente o mesmo.
O que vemos, porém, é o avesso em ação: uma única mensagem, propagada uma única vez, da mesma maneira, para públicos totalmente diferentes. Você já ouviu falar que quem fala para todo mundo não fala para ninguém? A pessoa que está se comunicando, para obter sucesso, precisa levar em consideração:
- A quem se destina a sua informação? Descubra primeiro quem é o seu público-alvo.
- Qual é o seu objetivo? O que você deseja que aconteça a partir dali.
- Qual é a informação que quer passar? O que quer que as pessoas saibam, sintam ou realizem.
- Como a comunicação está elaborada? A forma como ela é apresentada.
Chega de terceirizar a comunicação ou querer encontrar culpados ou subterfúgios inteligentes para justificar a burrice das pessoas. Afinal, quando as pessoas não entendem você, a culpa é toda sua. E nessa esfera repleta de ruídos, quem levará vantagem competitiva? Aquele que melhor souber fazer uso das ferramentas de comunicação disponíveis no mercado. E o que eu quero dizer com isso? Quando ninguém entende Português, que tal tentar falar Chinês?
*Sobre a autora: Alessandra Assad é diretora da AssimAssad Desenvolvimento Humano. Formada em Jornalismo, pós-graduada em Comunicação Audiovisual e MBA em Direção Estratégica, é professora no MBA de Gestão Comercial da Fundação Getulio Vargas, Consultora Senior do Instituto MVC, palestrante e autora do livro Atreva-se a Mudar! – Como praticar a melhor gestão de pessoas e processos.

Link da matéria:
http://alessandraassad.com.br/artigos_detalhe.asp?id=69 

segunda-feira, 14 de maio de 2012

O líder e as Atitudes que Constroem o Sucesso!

"Tudo o que vem até você é atraído pela maneira como você pensa e pelas imagens que você guarda em sua mente. Esta é a diferença que faz com que 1% da população mundial ganhe cerca de 96% do dinheiro que é gerado no Planeta.” Gilcler Regina

São coisas que os babilônios já sabiam assim como também Platão, Shakespeare, Newton, Beethoven, Einstein...

Todo esse comportamento da mente é transformado em atitudes diárias do ser humano que define o sucesso e que percebemos no trabalho de liderança que é desenvolvido dentro das empresas.

Uma empresa começa quebrar cinco anos antes e a razão concentra-se, em geral, nas atitudes de liderança. Existem dois tipos de atitudes que fazem um negócio quebrar.

Já vi muitas empresas quebrarem por estas duas situações igualmente nocivas ao negócio. A primeira são pessoas que não sabem delegar, que tem que se meter em tudo e se irritam até com a posição do cafezinho na sala... Opinam até em qual marca de sabonete se deve ou não comprar! Aliás, estes enfartam cedo.

Em segundo, está o despreocupado por completo, aquele que faz de conta que é míope e “não enxerga” muitas coisas... Prefere não despedir para não queimar sua imagem, vai relevando os erros daqueles que sempre chegam atrasados, fazem interurbanos com o telefone da empresa e usam o Face e o MSN para fins pessoais na hora do trabalho...

Ou ainda fazem “vista grossa” para aqueles que ficam horas na Internet conversando com amigos e visitando sites inúteis... A própria equipe começa a pensar que se nem o “chefe” se preocupa, muito menos eles devem se preocupar...

Na primeira situação o resultado é desastroso, causando um constante mal estar, um ambiente carregado. Na segunda, sentem o desleixo daquele que deveria ser o exemplo, sentem-se inseguros e não apostam no futuro da empresa nem de suas carreiras por lá.

O líder de verdade aposta no negócio, nas tecnologias, mas acima de tudo, nas pessoas e sabe que elas devem fazer a diferença, focadas no negócio, comprometidas e não apenas envolvidas e que todos, sejam quais sejam os cargos, devem ter uma meta, um grande objetivo, tudo centrado nos ideais e propósitos do negócio.

Aprendi com minha mãe um velho ditado que diz que quem queimou a língua com sopa quente não esquece de soprar a próxima vez.

Na empresa, nós podemos delegar, compartilhar, persuadir, determinar, conforme as equipes e o nível de tarefa exigido... Mas não faz mal a ninguém remapear sempre o terreno para ver como as coisas estão fluindo...

Você só se arrepende daquilo que não faz.
Goethe

A preguiça faz cair em profundo sono e a alma indolente padecerá fome.
Rei Salomão no Livro de Provérbios

Em nossa vida, a maioria das ações desenvolve-se em dois momentos e
a nossa decisão pessoal sobre qual caminho seguir fará toda a diferença.
Gilclér Regina

Da mesma forma que o grande músico pode tirar os mais belos acordes de um violino,
você pode despertar o gênio que dorme em seu cérebro e a atitude que dorme em seu coração.

Autor Desconhecido

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Mensagem a Garcia

Abaixo, o texto de Elbert Hubbard, de 1899:

Em todo este caso cubano, um homem se destaca no horizonte de minha memória como o planeta Marte no seu periélio. Quando irrompeu a guerra entre a Espanha e os Estados Unidos, o que importava a estes era comunicar-se rapidamente com o chefe dos insurretos, Garcia, que se sabia encontrar-se em alguma fortaleza no interior do sertão cubano, mas sem que se pudesse precisar exatamente onde. Era impossível comunicar-se com ele pelo correio ou pelo telégrafo. No entanto, o Presidente tinha que tratar de assegurar-se da sua colaboração, e isto o quanto antes. Que fazer?

Alguém lembrou ao Presidente: “Há um homem chamado Rowan; e se alguma pessoa é capaz de encontrar Garcia, há de ser Rowan”.

Rowan foi trazido à presença do Presidente, que lhe confiou uma carta com a incumbência de entregá-la a Garcia. De como este homem, Rowan, tomou a carta, meteu-a num invólucro impermeável, amarrou-a sobre o peito, e, após quatro dias, saltou, de um barco sem coberta, alta noite, nas costas de Cuba; de como se embrenhou no sertão, para depois de três semanas, surgir do outro lado da ilha, tendo atravessado a pé um país hostil e entregando a carta a Garcia – são cousas que não vêm ao caso narrar aqui pormenorizadamente. O ponto que desejo frisar é este: Mac Kinley deu a Rowan uma carta para ser entregue a Garcia; Rowan pegou da carta e nem sequer perguntou: “Onde é que ele está?”.

Hosannah! Eis aí um homem cujo busto merecia ser fundido em bronze imarcescível e sua estátua colocada em cada escola do país. Não é de sabedoria livresca que a juventude precisa, nem instrução sobre isto ou aquilo. Precisa, sim, de um endurecimento das vértebras, para poder mostrar-se altivo no exercício de um cargo; para atuar com diligência, para dar conta do recado; para, em suma, levar uma mensagem a Garcia.

O General Garcia já não é deste mundo, mas há outros Garcias. A nenhum homem que se tenha empenhado em levar avante uma empresa, em que a ajuda de muitos se torne precisa, têm sido poupados momentos de verdadeiro desespero ante a imbecilidade de grande número de homens, ante a inabilidade ou falta de disposição de concentrar a mente numa determinada cousa e fazê-la.

Assistência irregular, desatenção tola, indiferença irritante e trabalho mal feito parecem ser a regra geral. Nenhum homem pode ser verdadeiramente bem sucedido, salvo se lançar mão de todos os meios ao seu alcance, quer da força, quer do suborno, para obrigar outros homens a ajudá-lo, a não ser que Deus Onipotente, na sua grande misericórdia, faça um milagre enviando-lhe como auxiliar um anjo de luz.

Leitor amigo, tu mesmo podes tirar a prova. Estás sentado no teu escritório, rodeado de meia dúzia de empregados. Pois bem, chama um deles e pede-lhe: “Queira ter a bondade de consultar a enciclopédia e de me fazer uma descrição sucinta da vida de Corrégio “.

Dar-se-á o caso do empregado dizer calmamente: “Sim, Senhor” e executar o que se lhe pediu?

Nada disso! Olhar-te-á perplexo e de soslaio para fazer uma ou mais das seguintes perguntas:

Quem é ele?

Que enciclopédia?

Onde é que está a enciclopédia? Fui eu acaso contratado para fazer isso ?

Não quer dizer Bismark?

E se Carlos o fizesse?

Já morreu?

Precisa disso com urgência?

Não será melhor que eu traga o livro para que o senhor mesmo procure o que quer?

Para que quer saber isso ?

E aposto dez contra um que, depois de haveres respondido a tais perguntas, e explicado a maneira de procurar os dados pedidos e a razão por que deles precisas, teu empregado irá pedir a um companheiro que o ajude a encontrar Garcia, e, depois voltará para te dizer que tal homem não existe. Evidentemente, pode ser que eu perca a aposta; mas, segundo a lei das médias, jogo na certa. Ora, se fores prudente, não te darás ao trabalho de explicar ao teu “ajudante” que Corrégio se escreve com “C” e não com “K “, mas limitar-te-ás a dizer meigamente, esboçando o melhor sorriso. “Não faz mal; não se incomode “, e, dito isto, levantar-te-ás e procurarás tu mesmo. E esta incapacidade de atuar independentemente, esta inépcia moral, esta invalidez da vontade, esta atrofia de disposição de solicitamente se pôr em campo e agir – são as cousas que recuam para um futuro tão remoto o advento do socialismo puro. Se os homens não tomam a iniciativa de agir em seu próprio proveito, que farão quando o resultado do seu esforço redundar em benefício de todos? Por enquanto parece que os homens ainda precisam de ser feitorados. O que mantém muito empregado no seu posto e o faz trabalhar é o medo de se não o fizer, ser despedido no, fim do mês. Anuncia precisar de um taquígrafo, e nove entre dez candidatos à vaga não saberão ortografar nem pontuar – e, o que é mais, pensam que não é necessário sabê-lo.

Poderá uma pessoa destas escrever uma carta a Garcia?

- Vê aquele guarda-livros?, dizia-me o chefe de uma grande, fábrica.

- Sim, que tem?

- É um excelente guarda-livros. Contudo, se eu o mandasse, fazer um recado, talvez se desobrigasse da incumbência a contento, mas também podia muito bem ser que no caminho entrasse em duas ou três casas de bebidas, e que, quando chegasse ao seu destino, já não se recordasse da incumbência que lhe fora dada .

Será possível confiar-se a um tal homem uma carta para entregá-la a Garcia?

Ultimamente temos ouvido muitas expressões sentimentais externando simpatia para com os pobres entes que mourejam de sol a sol, para com os infelizes desempregados à cata do trabalho honesto, e tudo isto, quase sempre, entremeado de muita palavra dura para com os homens que estão no poder.

Nada se diz do patrão que envelhece antes do tempo, num baldado esforço para induzir eternos desgostosos e descontentes a trabalhar conscienciosamente; nada se diz de sua longa e paciente procura de pessoal, que, no entanto, muitas vezes nada mais faz do que “matar o tempo”, logo que ele volta as costas. Não há empresa que não esteja despendindo pessoal que se mostre incapaz de zelar pelos seus interesses, a fim de substituílo por outro mais apto. E este processo de seleção por eliminação está se operando incessantemente, em tempos adversos, com a única diferença que, quando os tempos são maus e o trabalho escasseia, a seleção se faz mais escrupulosamente, pondo-se fora, para sempre, os incompetentes e os inaproveitáveis. É a lei da sobrevivência do mais apto. Cada patrão, no seu próprio interesse, trata somente de guardar os melhores – aqueles que podem levar uma mensagem a Garcia.

Conheço um homem de aptidões realmente brilhantes, mas sem a fibra precisa para gerir um negócio próprio e que ademais se torna completamente inútil para qualquer outra pessoa, devido à suspeita insana que constantemente abriga de que seu patrão o esteja oprimindo ou tencione oprimi-lo. Sem poder mandar, não tolera que alguém o mande. Se lhe fosse confiada uma mensagem a Garcia, retrucaria provavelmente: “Leve-a você mesmo”.

Hoje este homem perambula errante pelas ruas em busca de trabalho, em quase petição de miséria. No entanto, ninguém que o conheça se aventura a dar-lhe trabalho porque é a personificação do descontentamento e do espírito de réplica. Refratário a qualquer conselho ou admoestação, a única cousa capaz de nele produzir algum efeito seria um bom pontapé dado com a ponta de uma bota de número 42, sola grossa e bico largo.

Sei, não resta dúvida, que um indivíduo moralmente aleijado como este, não é menos digno de compaixão que um fisicamente aleijado. Entretanto, nesta demonstração de compaixão, vertamos também uma lágrima pelos homens que se esforçam por levar avante uma grande empresa, cujas horas de trabalho não estão limitadas pelo som do apito e cujos cabelos ficam prematuramente encanecidos na incessante luta em que estão empenhados contra a indiferença desdenhosa, contra a imbecilidade crassa e a ingratidão atroz, justamente daqueles que, sem o seu espírito empreendedor, andariam famintos e sem lar.

Dar-se-á o caso de eu ter pintado a situação em cores demasiado carregadas? Pode ser que sim; mas, quando todo mundo se apraz em divagações quero lançar uma palavra de simpatia ao homem que imprime êxito a um empreendimento, ao homem que, a despeito de uma porção de impecilhos, sabe dirigir e coordenar os esforços de outros e que, após o triunfo, talvez verifique que nada ganhou; nada, salvo a sua mera subsistência.

Também eu carreguei marmitas e trabalhei como jornaleiro, como, também tenho sido patrão. Sei portanto, que alguma cousa se pode dizer de ambos os lados.

Não há excelência na pobreza de per si; farrapos não servem de recomendação. Nem todos os patrões são gananciosos e tiranos, da mesma forma que nem todos os pobres são virtuosos.

Todas as minhas simpatias pertencem ao homem que trabalha conscienciosamente, quer o patrão esteja, quer não. E o homem que, ao lhe ser confiada uma carta para Garcia, tranquilamente toma a missiva, sem fazer perguntas idiotas, e sem a intenção oculta de jogá-la na primeira sarjeta que encontrar, ou praticar qualquer outro feito que não seja entregá-la ao destinatário, esse homem nunca, fica “encostado” nem tem que se declarar em greve para, forçar um aumento de ordenado.

A civilização busca ansiosa, insistentemente, homem nestas condições. Tudo que um tal homem pedir, ser-lhe-á de conceder. Precisa-se dele em cada cidade, em cada vila, em cada lugarejo, em cada escritório, em cada oficina, em cada loja, fábrica ou venda. O grito do mundo inteiro praticamente se resume nisso: Precisa-se, e precisa-se com urgência de um homem capaz de levar uma mensagem a Garcia.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Qual a maneira mais adequada de agir quando se recebe uma bronca ou um elogio?

Para especialista, reagir de maneira adequada, nas horas boas e ruins, mostra maturidade do profissional
O elogio e a bronca são comuns no mundo corporativo. Mas nem todos os profissionais sabem agir corretamente quando recebem uma crítica ou quando tem o seu desempenho reconhecido.

Com certeza, receber um elogio é muito mais fácil do que uma bronca, mas, para que o sucesso e o reconhecimento não "subam a cabeça", é necessário ter o pés no chão. É o que afirma a especialista em Gestão de Pessoas e Carreiras e professora do Ibmec do Rio de Janeiro, Janaina Ferreira.

Segundo a especialista, quem recebe um elogio deve ser humilde em reconhecer que o desempenho foi bem-sucedido porque teve a ajuda de outras pessoas. "Ninguém faz nada sozinho, por isso, neste momento, é importante agradecer e dividir os méritos com as pessoas que o ajudaram".

Elogio por e-mail

Este comportamento é adequado tanto para os elogios feitos pessoalmente ou por escrito como por e-mail. No segundo caso, a professora aconselha que o profissional responda da mesma maneira, copiando os colegas/chefe que participaram do trabalho. "Para um cliente, isso é muito simpático, mostra um lado muito positivo da empresa".

Além de ajudar a imagem da empresa frente a clientes, parceiros e fornecedores, quem divide "suas glórias" acaba estimulando o trabalho em equipe, potencializa a cooperação e aumenta a motivação entre a equipe. "É uma sementinha que é plantada".

Mas nem tudo são flores

Já no caso da bronca, Janaina acoselha que a pessoa não reaja de imediato, porque estará abalada emocionalmente. "Ninguém gosta de ter seu ponto fraco exposto. Nossa cultura não nos ensina sobre isso".

A dica da especialista é que o profissional escute o que o gestor tem a dizer e diga que gostaria de um tempo para pensar sobre isso. Neste período, ele deve pensar quais razões motivaram o feedback negativo e como ele pode resolver para aquela situação não se repetir.

Vale destacar que este momento não é para se justificar e se defender. "Seja sincero e reconheça em que ponto errou". Após esta análise sincera, chame o líder para conversar e dê o seu parecer. Se a pessoa não souber resolver a questão sozinha, inclua o chefe neste processo. "Se você não sabe pergunte: como você faria?".

Terceira opinião

Durante este período de autorreflexão, o colaborador pode conversar com outras pessoas para pedir a opinião. Neste caso é fundamental que o colega tenha maturidade profissional e seja sincero; também tem de ser uma pessoa de confiança, para não motivar a fofoca dentro da empresa. "Existem pontos cegos, como os defeitos que não conseguimos ver, por isso, outra opinião é importante".

Se a pessoa concordar, é sinal de que o profissional precisa rever a sua postura, o que ajudará muito no seu crescimento profissional. "A bronca pode ser um presente, se for bem utilizada. Se a pessoa souber reagir bem e mudar a situação, com certeza será reconhecida pelo chefe".