quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Juntos somos mais

“Os MUNDO DOS UM eram três planetas onde habitavam apenas um ser. Um era vermelho, o outro amarelo e o último azul. Viviam sozinhos e não tinham interessem em visitar os outros mundos porque não gostavam das cores alheias. Ignoravam-se. Infelizmente, nunca descobriram que se misturassem o vermelho e o amarelo, teriam o laranja. E se colocassem o azul com o vermelho, teriam o roxo. E ainda conquistariam o verde se juntassem o amarelo com o azul. Deixaram de descobrir que, juntos, seriam mais e mais e mais e mais.”

É comum destacarem-se o descaso e a falta de zelo quando falamos em relações humanas.  Infelizmente, o ego tem sido grande companheiro das pessoas, impedindo-as de cuidar de qualquer outra coisa a não ser delas mesmas.

Em um de meus trabalhos consultivos, assisti um líder que reclamava de sua equipe por ser desrespeitosa, desregrada e desengajada no negócio da empresa. Era um líder autocrata e pouco admitia interferência em suas decisões. Por esta prática, julgava ter verdades absolutas e, por elas, desrespeitava valores importantes de seus liderados. Resultado? Ele tinha a equipe que cultivava.

Minha gente, ninguém dá o que não tem!

Se um líder oferta para sua equipe atitudes inadequadas, egocêntricas e, por vezes, desrespeitosa, o que esperar de sua equipe?

Se uma esposa dá desamor, impaciência, intolerância, falta de empatia para seu marido, o que esperar dele? Ele dará o que tem. E ele tem o que recebe.

É inevitável relacionar-se. E se isto é fato, melhor que cuidemos das relações humanas para que possamos colaborar para uma vida mais harmoniosa e prazerosa. Onde o outro, mesmo que diferente de você, não seja um estorvo, mas sim uma fonte de aprendizado, um trampolim para seu crescimento pessoal e profissional.

E cuidar não é aceitar. Cuidar é respeitar.

Faço esta diferenciação porque, com certeza, irão se deparar, ora ou outra, com pessoas que tenham atitudes desconexas com seus valores e que ajam de forma negativa e imprudente.  Não devemos aceitar mas devemos respeitar. Porque dificilmente cuidaremos daquilo que não aceitamos, mas teremos mais facilidade em zelar pelo que respeitamos. Descartar, na maioria das vezes, é a solução mais recorrente. Mas não é a solução mais inteligente.

Nas empresas, líderes menos preparados, quando se deparam com liderados rebeldes, a primeira atitude é pedir sua demissão. No entanto, a premissa da liderança é extrair do outro o que ele tem de melhor! Ajudar este liderado a enxergar-se e a mudar de comportamento é, efetivamente, cuidar das suas relações humanas. É incentivar a troca de aprendizado e fazer, dos DOIS, pessoas melhores.

Aceitar que o outro (e nem você) não é perfeito e baixar as expectativas são habilidades importantes neste processo. Isto evitará frustrações que podem impedir sua crença nas pessoas. Isto o ajudará a aceitar as limitações. E aceitar é o primeiro passo para valorizar as pessoas e ter disposição para investir nos relacionamentos, mesmos os tortos e fora de forma.

Como andam suas relações humanas, meu povo? Ignorar este cuidado pode fazer da gente pessoas mais amargas e indigestas. Com menos relacionamentos. E com menos oportunidades de trocarmos experiências que nos ajudem a aflorar nossas melhores facetas.
Deixemos de ser imprudentes com nossos relacionamentos!  Afinal de contas, esperemos do outro aquilo que damos para ele.